A aluna Thaís Rizzuto
também analisa, em seu texto, a questão do lixo eletrônico, relacionando-o à “obsolescência
programada”, que foi discutida em classe e num dos posts anteriores. Vale muito a pena ler suas reflexões e ainda
assistir ao documentário que ela indica! Vamos lá?
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Com tanta tecnologia em nossas mãos,
torna-se invisível o mundo que construímos durante estes anos. O que era
necessidade tornou-se satisfação, é assim como consumimos. Matamos a pouca
natureza que nos resta e a destinamos às indústrias para serem intoxicadas
enquanto estas poluem nosso ambiente. Mais tarde, o marketing irá anunciar os
produtos como a última geração e lá estaremos nós comprando tudo o que nossa
economia permite. Para quê? Em pouco tempo, jogaremos estes no lixo e os
substituiremos por novos tóxicos. Se realmente queremos ser contra este “fim do
mundo”, precisamos aprender a reduzir o consumo destes avanços poluentes.
Alimentos industrializados,
cosméticos, carros, eletrônicos... Todos estes produtos que tanto amamos não
são nada inofensivos e já desde crianças a nossa saúde está sendo agredida por
tais produtos. Entretanto, como nos preocuparmos com esses malefícios? A TV nos
educa com suas imagens falsas pensando que estamos em boas mãos, enquanto para
os fabricantes é mais um modo de acelerar sua economia. Assim como ajudamos o
marketing a evoluir, acabamos colaborando para que milhares de crianças deixem
seus estudos para produzir nossos desejos.
Existem certas situações em que o
consumo compulsivo é desnecessário, porém já está tudo calculado para o bem dos
fabricantes. Lamentavelmente os produtos eletrônicos têm sua própria vida útil.
Quando uma peça falha, tentamos repará-la, porém custa mais caro do que comprar
um novo produto, restando-nos, assim, uma única alternativa: jogar no
lixo.
A água tornou-se o assunto mais
destacado por toda esta preocupação ambiental. Se realmente estamos preocupados
pela nossa saúde, por que deixamos de beber água da torneira? Ela é ruim... No
entanto, refrigerante e cerveja são ótimas para nossa saúde? O próprio
marketing é irônico, mas ainda não visualizamos seu lado oculto. Água
engarrafada produz grande impacto quando da fabricação do rótulo, tampa e
garrafa, sendo que, depois do nosso consumo, este será descartado. Cuidaríamos
melhor do meio ambiente investindo em água filtrada e, com isto, evitando o
desperdício de energia e petróleo.
Ter qualidade de vida não significa
possuir uma mansão, um carro e encher sua autoestima com mais produtos, assim é
como a sociedade econômica quer nos enganar para crescer... Mas, na realidade,
devemos nos preocupar em ter boa saúde e consumir o necessário para
sustentar-nos. Infelizmente não vivemos em um mundo descartável e, se
dependemos tanto dele, por que deixamos estas matérias-primas e recursos se
extinguirem?
O documentário Comprar, tirar, comprar (2010 – Espanha) explica mais sobre a
obsolescência programada, nosso mau hábito de consumismo do qual somos vítimas
(e até mau exemplo para futuros consumidores) diariamente. Abrange várias curiosidades
e o que nos foi ocultado durante este tempo, assim como nos mostra onde nosso
lixo eletrônico é depositado e ainda uma realidade sobre a qual refletir.
Fontes: História das coisas -
Annie Leonard ( YouTube)
Comprar, jogar fora, comprar
(
Thais Rizzuto, ADM, Diurno )
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