É reconfortante ler uma postagem plena de reflexão, em meio a tanta obscuridade...
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Em
pronunciamento durante encontro na ONU, em 26 de setembro de 2015, a então presidente
Dilma Roussef disse “o vento poderia ser isso [em comparação à armazenagem de
água], também, mas você não conseguiu ainda tecnologia para estocar vento”.
Surgiu um burburinho com sua ideia, no mínimo, inovadora, de “estocar vento”. A
maledicência era justificada; a presidente já tinha proferido outras pérolas,
como “Mulheres Sapiens”; “A zona franca de Manaus, ela está numa região, ela é
o centro dela porque ela é a capital da Amazônia”, ou ainda “Não acho que quem
ganhar, ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai
todo mundo perder”. Certamente, discurso afinado não era o ponto forte de
Dilma.
No âmbito
das declarações sobre a temática do meio ambiente tivemos, mais recentemente, a
explicação do secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, em 31 de
outubro de 2019, ao analisar as manchas de petróleo que afetavam o litoral
brasileiro: “O peixe é um bicho inteligente, quando ele vê uma manta de óleo ali,
capitão [se referindo ao presidente Jair Bolsonaro], ele foge, ele tem medo.
Então, obviamente, é que você pode consumir seu peixinho, sem problema nenhum;
lagosta, camarão, tudo perfeitamente sano, capitão!”. A cereja do bolo foi o presidente Bolsonaro concluindo: “Obviamente,
de vez enquanto fica uma tartaruga ali, na mancha de óleo, para não falar que
ninguém fica, ou peixe, um golfinho pode ficar, mas tudo bem”.
Não parece
bom os chefes máximos da nação emitir opiniões sem base científica. Nem tão
pouco estocar a informação e pronunciá-la de maneira tão truncada que se demora
mais tempo para decifrar o que foi dito, do que refletindo sobre a mensagem.
O meio
ambiente no Brasil tem sofrido! - há muitos governos. Não só de maneira efetiva,
mas também nos discursos. Outra frase para se lembrar e, dessa vez, bem
refletida, é: será que a incompetência no Brasil é ambidestra?
(Edson Rossetti
Alves, ADM, noturno)