Conforme
discutimos nas últimas aulas, a intertextualidade ocorre, com
bastante frequência, na produção textual, seja na arte, na publicidade ou em textos
científicos. Todavia, quando esse diálogo entre os textos se faz presente nas
manifestações artísticas e publicitárias, temos um “banho” de criatividade. Vimos
que esse é um caminho que os autores encontram para comunicarem suas ideias e
afetarem seus leitores. Em especial, analisamos alguns textos que abordam a
temática da sustentabilidade, recorrendo às relações intertextuais. Vamos
revê-los?
Numa
paródia da clássica “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes,
encontramos a garota cheia de graxa, na versão de Chico Caruso, após banhar-se
nos mares poluídos pelos constantes vazamentos de óleo...
The girl from Petrobras ( em O Globo )
"Olha que coisa mais linda
mais cheia de graxa"
( Chico Caruso )
Podemos reconhecer, numa das histórias em quadrinhos da série "Vida de passarinho", do artista Caulos, o poema "Canção do exílio",
de Gonçalves Dias, numa referência explícita.
Muitas campanhas institucionais também fazem uso desse
recurso, como essa do IBAMA, em parceria com a extinta agência de viagens
Soletur, em que o célebre poema de Carlos Drummond de Andrade, “No meio do
caminho tinha uma pedra”, é revisitado, alertando aos turistas principalmente,
sobre a conservação da limpeza das praias.
E nesta os tigres
não aparecem nem mais nas pesquisas dos sites de buscas...
E, por fim, analisamos este quadro que estabelece um intertexto com a obra de Edvard Munch, "O grito", de 1893. Na versão espanhola, o que aflige o homem e o faz gritar é a degradação ambiental.
O grito (Edvard Munch, 1893)
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