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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Arte em lata

O aluno Guilherme, da turma de ADM, escreveu um texto esclarecedor sobre a arte em lata, como ele nomeia o grafite, numa alusão à lata de spray usada para grafitar os muros. Ele estabeleceu uma rica relação com o que conversamos em classe sobre as formas de comunicação e a arte, em especial o grafite. Vale muito a pena ler o post dele...
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                O homem sempre sentiu necessidade de se comunicar com o outro, com o objetivo de contar algo ou até expressar seus sentimentos e façanhas. Tamanha precisão “obrigou-o” a desenvolver métodos que avançaram desde os mais primitivos (pinturas, gestos) até os mais complexos (fala e escrita).
                O maior e mais “vivo” exemplo dessa necessidade de comunicação são as pinturas da caverna de Lascaux – França, descobertas em pleno começo da Segunda Guerra Mundial (12 de setembro de 1940), como o registro de pintura rupestre mais antigo e conservado de toda a história da civilização, com desenhos de animais avistados pelos homens da época. A partir de então, várias outras técnicas vêm sendo aperfeiçoadas para que a civilização continue conseguindo comunicar-se.
        Hoje, em pleno século XXI, é possível dizer que surgiu uma nova forma de pintura rupestre, denominada grafite. Originária das periferias de New York, EUA, no fim dos anos 70, essa técnica de expressão, com fortes ligações com o rap, tinha como principal objetivo expressar o sentimento dos artistas com relação ao racismo ou a acontecimentos ocorridos com eles ou na sociedade. Entretanto, logo ganhou força e adeptos, expandindo para o resto do mundo, aterrizando inclusive no Brasil.
            Chegando a São Paulo, a capital cultural do país, logo ganhou força e novos artistas, que criavam suas obras com os mesmos objetivos dos norte-americanos, mas também para homenagear alguém de quem gostassem ou lembrar alguma situação vivida e marcante em suas vidas.
              Mas a evolução e aceitação do grafite nas ruas da metrópole fez aparecer um “primo pobre” dessa arte: as pichações. Diferentemente do grafite, a pichação é uma forma de sujar, de poluir o visual dos centros urbanos. Quem picha, picha pelo simples prazer de deixar lá a sua marca, a sua assinatura ou dizer “estou aqui”. Para isso, a maioria, que age à noite e em bandos, para não poderem ser capturados, aprende até a escalar prédios, muros e janelas, tornando-se verdadeiros “homens-aranha”, além também de fazerem suas peripécias com os pés no chão. 
               O único problema é que essas atitudes vêm, literalmente, manchando a reputação dos verdadeiros artistas – os grafiteiros; muitas pessoas, leigas nessa arte, acreditam, agora, que grafite e pichação são sinônimos, o que não é verdade. Por isso, a fim de evitar que a culpa caia em colos errados, é necessário que a segurança pública intensifique ou comece a perseguir, taxar e até mesmo prender esses infratores para que o número de membros dessas quadrilhas e, consequentemente, essa atividade destrutiva, diminua até desaparecer.
          Afinal, também é violência e, por ser violência, deve ser duramente reprimida, contanto que se prendam os verdadeiros criminosos, já que os grafiteiros, que são bastante educados e respeitosos, só querem embelezar as cidades, enquanto que os pichadores (também conhecidos como vândalos), só fazem isso com um único propósito: o de destruí-las.
( Guilherme Pett, ADM, noturno )

Grafite “original”  


Grafite “moderno”(3D) – chão/asfalto

Isto não é arte... É pichação de verdade...




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