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O homem sempre
sentiu necessidade de se comunicar com o outro, com o objetivo de contar algo
ou até expressar seus sentimentos e façanhas. Tamanha precisão “obrigou-o” a
desenvolver métodos que avançaram desde os mais primitivos (pinturas, gestos)
até os mais complexos (fala e escrita).
O maior e mais
“vivo” exemplo dessa necessidade de comunicação são as pinturas da caverna de
Lascaux – França, descobertas em pleno começo da Segunda Guerra Mundial (12 de
setembro de 1940), como o registro de pintura rupestre mais antigo e conservado
de toda a história da civilização, com desenhos de animais avistados pelos
homens da época. A partir de então, várias outras técnicas vêm sendo
aperfeiçoadas para que a civilização continue conseguindo comunicar-se.
Hoje, em pleno
século XXI, é possível dizer que surgiu uma nova forma de pintura rupestre,
denominada grafite. Originária das periferias de New York, EUA, no fim dos anos
70, essa técnica de expressão, com fortes ligações com o rap, tinha como principal objetivo expressar o sentimento dos
artistas com relação ao racismo ou a acontecimentos ocorridos com eles ou na
sociedade. Entretanto, logo ganhou força e adeptos, expandindo para o resto do
mundo, aterrizando inclusive no Brasil.
Chegando a São
Paulo, a capital cultural do país, logo ganhou força e novos artistas, que
criavam suas obras com os mesmos objetivos dos norte-americanos, mas também
para homenagear alguém de quem gostassem ou lembrar alguma situação vivida e
marcante em suas vidas.
Mas a evolução e aceitação
do grafite nas ruas da metrópole fez aparecer um “primo pobre” dessa arte: as
pichações. Diferentemente do grafite, a pichação é uma forma de sujar, de
poluir o visual dos centros urbanos. Quem picha, picha pelo simples prazer de
deixar lá a sua marca, a sua assinatura ou dizer “estou aqui”. Para isso, a
maioria, que age à noite e em bandos, para não poderem ser capturados, aprende
até a escalar prédios, muros e janelas, tornando-se verdadeiros
“homens-aranha”, além também de fazerem suas peripécias com os pés no
chão.
O único problema
é que essas atitudes vêm, literalmente, manchando a reputação dos verdadeiros
artistas – os grafiteiros; muitas pessoas, leigas nessa arte, acreditam, agora,
que grafite e pichação são sinônimos, o que não é verdade. Por isso, a fim de
evitar que a culpa caia em colos errados, é necessário que a segurança pública
intensifique ou comece a perseguir, taxar e até mesmo prender esses infratores
para que o número de membros dessas quadrilhas e, consequentemente, essa atividade
destrutiva, diminua até desaparecer.
Afinal, também é
violência e, por ser violência, deve ser duramente reprimida, contanto que se
prendam os verdadeiros criminosos, já que os grafiteiros, que são bastante
educados e respeitosos, só querem embelezar as cidades, enquanto que os
pichadores (também conhecidos como vândalos), só fazem isso com um único
propósito: o de destruí-las.
( Guilherme Pett, ADM, noturno )
Grafite
“original”
Grafite “moderno”(3D) – chão/asfalto
Isto não é arte... É pichação de verdade...
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