IMPORTANTE

Não serão publicados posts e/ou comentários que incitem formas de discriminação ou de violência. Além disso, os textos assinados são de exclusiva responsabilidade do seu autor, não refletindo, necessariamente, a opinião dos demais alunos e da professora. Por essa razão, nenhum texto poderá ser assinado por meio de pseudônimo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Lar poluente lar


Em seu post, a aluna Thais Rizuto comenta alternativas viáveis para a área da construção civil, levando-nos a refletir sobre a relação entre progresso (?) e sustentabilidade... Recomendo muito a leitura!
----------------------------------------------------------------------------------------------
            Desde que a natureza perdeu sua paciência, somos recompensados com o grande desafio de aturar desastres naturais e, já que não podemos prolongar a vida da Terra, devemos evitar acelerar seu fim.
            Vários assuntos contribuíram para a amenização de tais desastres, assim como a exclusão das sacolas plásticas que gerou grande impacto na sociedade e uma nova oportunidade de gerar lucro nos supermercados, mas admitamos, substituindo-as por biodegradáveis ou de qualquer outro material, pagando por uma, é como ser a favor da extração de petróleo e do desmatamento, sendo que a finalidade de prejudicar o ambiente será a mesma, o único modo de melhorar isto é evitar usá-las.
            Mas, focando-nos num assunto menos comentado... Já olhou a paisagem linda que a janela te oferece? Às vezes, até esqueço que moro na praia, de tantos edifícios que a cercam, sem esquecer as futuras construções que, atrás de suas irresistíveis propagandas e sua belíssima arquitetura, escondem o barulho e a poluição que serão produzidas através de suas atividades, como a demolição, movimentação de terra, serviços de corte, raspagem, lixamento, perfuração, todas elas gerando transtornos para nossa qualidade de vida e impactos ao meio ambiente.
            Existem soluções para evitar este processo, porém estas inovações ainda estão surgindo aos poucos, uma destas é o reaproveitamento de recursos. Os contêineres, por exemplo, que, ao serem inúteis para o transporte marítimo, tornam-se uma alternativa na construção sustentável. Traz-nos melhores benefícios como: baixo custo, curto prazo de construção, fácil transporte, economia de recursos naturais como areia, tijolo, cimento, água, ferro, obtendo-se uma obra mais limpa. A empresa britânica Travelodge, por exemplo, utilizou 86 contêineres, pré-montados da China, para construir um hotel de 120 quartos em apenas 12 semanas e a um custo menor, sendo que, caso aconteça algum imprevisto, estes podem ser reciclados novamente.

Hotel contêiner – Londres, Reino Unido, 2008
http://www.designboom.com/weblog/cat/9/view/3680/travelodge-container-hotel-opens.html

             Assim, também com a mesma intenção, o arquiteto japonês Shigeru Ban traz a inovação de reaproveitamento de madeira e papelão nas construções.  Desta maneira, ele reconstruiu cidades que foram devastadas por desastres naturais, tanto no Japão, como na Turquia, Índia e Nova Orleans, criando casas provisórias vistas não só como refúgio, mas também como um lar acolhedor para morar, sendo que tais construções já estão preparadas para enfrentar novos fenômenos. Japão, por ser mais ameaçada por terremotos e temporais, ganha mais participação do arquiteto criando refúgios para as vítimas. Após o terremoto em Köbe, 1995, ele construiu a igreja e a casa de papel. Nesta última, por exemplo, é composta por caixas de cerveja, substituindo os cimentos, e tubos de papelão, representando a parede, ambas totalmente recicláveis.


Casa de papel – Lago Yamanaka, Yamanashi, Japão, 1995 
 http://www.shigerubanarchitects.com/SBA_WORKS/SBA_PAPER/SBA_PAPER_5/SBA_paper_5.html

            Voltando para a paisagem urbana e poluente, é realmente necessário todo esse processo de construção enquanto podemos optar por métodos mais ecológicos? Não nos referimos a simples casas e sim a enormes prédios, somos contra as mudanças que mantêm a Terra em risco e, ao mesmo tempo, estamos pagando para que estas sejam produzidas.

                                                                           ( Thais Rizzuto, ADM, diurno)


Nenhum comentário:

Postar um comentário