Eis as novas reflexões da aluna Jessica, do ADM noturno. Dessa vez, ela nos traz o tema da política de restrição de natalidade na China. Vale a pena ler e tirar suas próprias conclusões.
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Ao saber do caso do bebê que foi jogado
“acidentalmente” pela sua própria mãe na China, despertaram-se em mim algumas
curiosidades. Existem mães (que pra mim não deveriam ser chamadas assim) que
deixam seus filhos recém-nascidos a Deus dará no mundo inteiro, mas, na China,
o índice é absurdamente grande. Resolvi pesquisar o porquê de tudo isso e
descobri que existem políticas, regras, ou seja lá como se chamam, que proíbem
certas coisas tratando a respeito de filhos. Mãe solteira não é bem vista
perante as pessoas de lá. E quando eu digo que não são bem vistas, acreditem, é
no pior sentido. São discriminadas, como se isso fosse um crime, como se a
mulher não tivesse capacidade de criar um filho sozinha.
Outra política de repressão é a Política do
Filho Único, a qual tem por objetivo controlar o crescimento populacional, que
já ultrapassou um bilhão e trezentos milhões de pessoas, e “facilitar” o acesso
da população a um sistema de saúde e de educação de qualidade. Segundo
informações oficiais, a Política do Filho Único evitou que a população chinesa crescesse
400 milhões nos últimos 25 anos. Em
razão da implementação desta política restritiva, o número de casos de aborto e de
abandono de crianças aumentou significativamente, principalmente as do sexo
feminino, pois as mulheres devem ser em menor quantidade do que os homens. Para
eles, filhos homens têm mais valor... Casais que têm mais de um filho são
punidos com severas multas.
Existem hoje cerca
de 80 milhões de filhos únicos na China conhecidos como “pequenos imperadores”. Não sei como
não perceberam que, ao implantar políticas desse tipo, os efeitos colaterais
são mais graves do que o motivo o qual originou a regra. Abandonar criança é
mais eficaz do que cuidar de mais uma vida? Imaginem o sofrimento daquele pobre
bebê durante três horas entalado em um cano, jogado pelo vaso sanitário como se
fosse algo sem valor... Por sorte, ele sobreviveu e passa bem, já recebeu alta
do hospital.
Apenas um bebê, com
uma força e vontade de viver enormes, sem nem ao menos saber o que é isso...
Eis o link da reportagem que li:
( Jessyca Botolli Ferraz, ADM, Noturno )